5 ANOS investindo no MXRF11. Será que me deixou rico?
Tô aqui hoje pra compartilhar com vocês a minha experiência de 5 anos investindo no MXRF11. Já pensou em saber se valeu a pena todo esse tempo? Pois é, eu fiz as contas e vou te mostrar, na prática, se ao invés de investir no MXRF11 eu tivesse aportado o mesmo valor em um CDB de 100% do CDI, qual seria o resultado?Nesse artigo, a gente vai mergulhar fundo nessa análise e eu vou te mostrar todos os detalhes dessa jornada. Preparei gráficos, tabelas e até alguns insights que vão te ajudar a entender se valeu a pena esse tipo de investimento.
Para entender melhor o desempenho do MXRF11, vamos compará-lo com uma aplicação mais tradicional: um CDB de 100% do CDI. Para fazer essa comparação de forma justa, vamos considerar que os valores dos aportes realizados no MXRF11, no mesmo dia em um CDB, no mesmo período de 5 anos.
Bom, antes de começar, quero deixar bem claro que as informações a seguir são fruto da minha experiência pessoal com o MXRF11. Não devem ser consideradas como recomendação de investimento. Cada investidor deve analisar as suas próprias necessidades e buscar orientação profissional.
Mas para entender melhor os resultados, preciso te contar um pouco sobre a minha jornada com o MXRF11 desde o início...
Minha Jornada no MXRF11
Tudo começou lá em dezembro de 2019, quando eu estava em busca de uma forma de diversificar a minha carteira de investimentos. Na época, eu já tinha algumas aplicações em tesouro direto e ações, mas queria explorar outras opções. Foi então que me deparei com o MXRF11, um fundo imobiliário que paga rendimentos mensais.
Com bastante expectativa, eu investi 529,48 reais no fundo. Naquele momento, eu imaginava que o investimento seria uma verdadeira máquina de dinheiro, gerando dividendos mensais constantes ao longo do tempo.
Ao longo desses 5 anos, após atingir um pico histórico de 14,52 no final de 2019, a cotação experimentou uma queda acentuada, atingindo o valor mínimo de 8,53. Desde então, o ativo tem demonstrado um comportamento mais lateralizado, com flutuações dentro de uma faixa relativamente estreita, culminando em um máximo de 11,12 em 2023.
Entre os anos de 2019 e 2021 fiz um total de 15 aportes no Mxrf11. Meu valor total portado chegou a R$ 6302,2, sendo que atualmente meu preço médio está em R$ 10,88.
Nesses 5 anos o fundo me proporcionou uma renda extra de R$ 2894,14. O mais legal é que, mesmo sem colocar mais dinheiro no fundo, a partir de 2021 os dividendos continuaram crescendo com um aumento de 13,41 % entre 2022 e 2023.
Só pra deixar claro: nesse período, eu tava numa vibe de 'Preço não Importa' na hora de investir. Mas será que essa ideia cola mesmo?
A montagem da minha carteira foi feita de forma gradual. Inicialmente, aloquei uma pequena porcentagem do meu patrimônio no MXRF11, para testar e entender melhor o seu funcionamento. À medida que fui me sentindo mais confortável com o investimento, fui aumentando gradualmente a minha posição. Hoje, o MXRF11 representa uma parcela significativa da minha carteira de investimentos.
Patrimônio no MXRF11
"No dia 25/01/2022, a CVM publicou uma decisão sobre o MXRF11 vedando a distribuição de rendimento aos cotistas com cálculos baseados em regime de caixa, mesmo quando excedem os valores reconhecidos no lucro do exercício."
MXRF11 x CDB 100% do CDI
Fiz as contas considerando o melhor preço do MXRF11 a cada dia, pra ver qual seria o maior retorno possível. Já no CDB, usei o valor que realmente cai na minha conta, depois de pagar o imposto. Agora, vamos acompanhar como o dinheiro rende nos dois investimentos, tanto se a gente colocar os dividendos do fundo imobiliário pra trabalhar de novo, quanto se deixar eles de lado.
Veja como o MXRF11 cresce mais rápido quando a gente reinveste os dividendos. É tipo um efeito bola de neve. O dinheiro que você ganha volta para o fundo e compra mais cotas. Assim, seu patrimônio aumenta ainda mais rápido do que se você simplesmente sacasse os dividendos. Inclusive, a diferença é bem grande: com o reinvestimento, o valor do seu patrimônio aumenta quase 50% a mais!
O valor do patrimônio atual se eu tivesse reinvestido os dividendos seria de 8031,65 reais, enquanto sem o reinvestimento meu patrimônio fechou em 5413,65 reais.
Fazendo um balanço bem detalhado, a gente vê que o CDB tá dando um baile no MXRF11. Mesmo com o reinvestimento dos dividendos do fundo imobiliário, o CDB saiu na frente em mais de dois terços dos dias que a gente analisou (foram mais de 5 anos!). É claro que o MXRF11 teve seus momentos de glória, mas a alta da Selic pode ter influenciado no cenário atual.
Conclusão
Então, respondendo à pergunta principal: "Se fiquei rico investindo em MXRF11?".
A resposta, infelizmente, não é tão simples quanto gostaríamos. Apesar de ter sido uma opção popular e promissora por muitos anos, o MXRF11, neste período específico, não conseguiu superar o desempenho do CDB 100% do CDI, mesmo com o reinvestimento dos dividendos.
A análise dos dados demonstra que a estratégia de reinvestimento dos dividendos no MXRF11 teria gerado um acréscimo de R$ 2.618,00 ao patrimônio, equivalendo a um aumento de 48,36%. No entanto, a aplicação dos mesmos recursos em um CDB teria resultado em um retorno ainda mais expressivo, com um acréscimo de R$ 3.259,17, correspondendo a um crescimento de 60,20%.
O MXRF11 não deu conta do recado dessa vez, perdendo pro CDB. Mais uma prova de que o mercado financeiro é uma montanha-russa! Mas não vou jogar a toalha não. Se a cota der uma caída, pode ser que eu volte a investir nele.
E sobre aquele papo de 'preço não importa'? É mais ou menos assim: com uma empresa top como a Weg, talvez a gente até feche os olhos pro preço. Mas em fundo imobiliário, é bom dar uma olhadinha no valor patrimonial antes de entrar de cabeça.
1 Comentários
Boa tarde Jornada do Poupador! Não consigo achar legal essas comparações que fazem entre renda fixa e renda variável. Vejo muito em textos e no Youtube. São ativos completamente diferentes entre si ,além do fato de que 5 anos não representam nada para a renda variável. No fim só incentiva o investidor ao giro desnecessário, que é o que as corretoras querem.
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